sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Novo Diagnóstico Diferencial


Médicos descobrem nova imunodeficiência adquirida que não é contagiosa

23/08/2012 - 17h14

DA ASSOCIATED PRESS

Pesquisadores identificaram uma doença misteriosa em pessoas na Ásia e nos Estados Unidos com sintomas semelhantes aos da Aids, mas sem que estejam infectadas com o HIV.


A doença deixou o sistema imune dos pacientes enfraquecido, o que os torna incapazes de combater os germes comuns como as pessoas saudáveis. Ainda não se sabe o que desencadeia a doença, mas ela não parece ser contagiosa.

Trata-se de um outro tipo de imunodeficiência adquirida que não é hereditária, ocorre em adultos e não se dissemina da maneira que a Aids faz, por meio de um vírus, segundo Sarah Browne, uma cientista americana do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas.
Ela ajudou a conduzir o estudo com pesquisadores na Tailândia e em Taiwan, onde a maior parte dos casos foi encontrada desde 2004. O relatório está no periódico científico "New England Journal of Medicine".
"Isso é absolutamente fascinante. Eu vi provavelmente pelo menos três pacientes nos últimos dez anos que poderiam ter tido essa doença", disse Dennis Maki, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Wisconsin, em Madison.

A doença se desenvolve por volta dos 50 anos de idade, em média, mas não segue a árvore genealógica familiar, o que torna improvável que apenas genes sejam responsáveis, disse Browne. 
Alguns pacientes com a doença morreram de infecções, incluindo asiáticos que vivem nos EUA, mas não se sabe estimar quantas foram as vítimas.

O vírus que causa a Aids --o HIV-- destrói células T, os maiores defensores do sistema imunológico. A nova doença não afeta essas células, mas faz um tipo diferente de dano.

Browne estudou mais de 200 pessoas em Taiwan e na Tailândia e descobriu que a maioria dos pacientes com a doença passa a produzir auto-anticorpos que bloqueiam o interferon-gama, um sinal químico que ajuda livrar o copo de infecções.
O bloqueio desse sinal faz com que as pessoas fiquem vulneráveis a infecções por vírus, fungos e parasitas, mas especialmente micobactérias, um grupo de micróbios semelhantes aos da tuberculose, que pode causar danos graves nos pulmões.

Os pesquisadores estão chamando a nova moléstia de "síndrome da imunodeficiência de surgimento entre adultos", porque ela se desenvolve mais tarde e não se sabe o porquê ou como.
"Fundamentalmente, nós não sabemos o que está levando-os a a produzir esses anticorpos", disse Browne.

Como os antibióticos não são sempre eficazes, os médicos têm tentado várias abordagens, incluindo quimioterapia para ajudar a suprimir a produção de anticorpos.
A doença mostra uma certa melhora em alguns pacientes assim que as infecções são curadas, mas o defeito no sistema imune é provavelmente uma condição crônica, acreditam os pesquisadores.

O fato de que quase todos os pacientes até agora terem sido asiáticos ou asiáticos nascidos de pessoas que vivem em outros lugares sugere que fatores genéticos e algum componente ambiental, como uma infecção, podem desencadear a doença.

FONTE: Folha de São Paulo

Manifesto


Brasil relaxou no controle da Aids, afirma manifesto

22/08/2012 - 05h05


CLÁUDIA COLLUCCI e JOHANNA NUBLAT

Manifesto lançado ontem por 14 instituições e 54 pesquisadores e ativistas do movimento anti-Aids aponta sérios problemas no controle da epidemia da doença no país. Entre eles estão o aumento no número de casos e de mortes.


Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de casos de HIV passou de 33.166, em 2005, para 37.219, em 2010 (aumento de 12%). No mesmo período, as mortes pularam de 11.100 para 12.073 (aumento de 8,8%).
"Não é uma situação esperada. Com a melhoria do tratamento, deveríamos estar reduzindo o número de óbitos. Se tivéssemos uma política de prevenção efetiva, não teríamos tantos casos novos", afirma Alexandre Grangeiro, pesquisador da USP que assina o manifesto.

O diagnóstico tardio, verificado em mais da metade dos pacientes, é apontado como a principal causa para o aumento de mortes.

"Uma pessoa sem tratamento tem mais risco de morrer e de transmitir o vírus para outras. Em tratamento, ela reduz em 94% as chances de infectar outras pessoas." Segundo Grangeiro, o Brasil tem uma epidemia muito específica, com 90% dos casos concentrados em 400 municípios, e um crescente aumento de casos entre a população jovem, que está iniciando a vida sexual.

Para Vera Paiva, coordenadora do Núcleo de Estudos para a Prevenção da Aids (USP), é preciso reverter a "banalização" da Aids.

"Os pesquisadores estão mostrando que o povo acha que não precisa mais usar camisinha, que é coisa de gente velha. E o vírus parou de circular? De jeito nenhum."
Paiva afirma que é preciso baixar a curva da doença, estabilizada em patamar mais alto do que deveria, em sua avaliação. E que essa é uma questão a ser resolvida por diferentes governos. "Não é um problema específico do governo federal, é nacional."


CRÍTICAS

Considerado uma referência mundial, o programa brasileiro de DST/Aids tem sido bastante criticado.
No mês passado, durante uma conferência internacional em Washington, pesquisadores fizeram alertas sobre a falta de médicos, leitos e exames para os pacientes com HIV e de medicamentos para tratar doenças causadas pelos antirretrovirais.

Durante o evento, o coordenador de HIV/Aids da Opas (Organização Panamericana da Saúde), Massimo Ghidinelli, disse que o aumento da pressão de grupos religiosos e a redução das campanhas de prevenção dedicadas às populações de maior risco são a principal ameaça ao programa brasileiro.

"O programa precisa mudar e se adaptar rapidamente a esses novos desafios da epidemia e manter um grande enfoque nas populações vulneráveis", afirmou.


OUTRO LADO

O secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, questionou a leitura dos dados da Aids feita pelo manifesto.

"O óbito aumentou entre aspas. A população aumentou, então a taxa de mortalidade está estabilizada."

Ele faz o mesmo raciocínio para o número de casos da doença e diz que a taxa de incidência caiu nitidamente no Sudeste, onde a epidemia está consolidada.
E isso, continua, mesmo com o maior número de testagens feitas para o HIV.

Sobre o percentual de gestantes com o vírus em tratamento, Barbosa afirma que dados de 2011 mostram que também há estabilidade.

Ele diz que é preciso fazer uma análise epidemiológica mais aprofundada dos números. E argumenta que os dados da doença no Brasil são bons frente a países com características semelhantes.

Segundo o secretário, a política de Aids é aberta no país, discutida periodicamente com especialistas e a sociedade civil. "Algumas questões que eles colocam como inquietações são compartilhadas, estamos fazendo políticas para atendê-las."
As preocupações, diz, são a aproximação com os grupos mais vulneráveis (como jovens gays) e testes precoces para a doença.

FONTE: Folha de São Paulo

Notícias!


Governo deve incluir vacina da hepatite A no calendário oficial

28/08/2012 - 04h37

JOHANNA NUBLAT



O Ministério da Saúde deve anunciar ainda neste ano a incorporação da vacina contra a hepatite A no calendário infantil de imunização.




A Conitec, comissão que assessora o ministério na adoção de novas tecnologias no SUS, recomendou ao governo incluir essa vacina na rede pública após uma demanda feita pela Secretaria de Vigilância em Saúde, um setor do próprio ministério.

Segundo Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do ministério, a expectativa é que seja definida uma posição sobre a possível transferência de tecnologia com um dos laboratórios produtores da vacina até o mês que vem.

"Provavelmente anunciaremos a medida neste ano para implantá-la no ano que vem", afirmou.
A ideia, diz o relatório da comissão, é incluir essa nova vacina já em 2013 junto com a vacina contra a catapora - essa última, anunciada neste mês pelo ministro Alexandre Padilha (Saúde) e também objeto de recomendação pela Conitec neste mês.

O esquema sugerido é de duas doses da vacina contra a hepatite A para crianças, aos 12 meses e aos 18 meses de idade.

Um estudo entregue ao ministério no início do ano classificou essa vacina como "econômica", o que significa que vale a pena oferecê-la na rede pública considerando seus impactos na saúde e na economia. O custo anual da medida estimado pelo relatório é de R$ 149 milhões.

Segundo Barbosa, a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) de oferecer a vacina passou a valer para o Brasil quando o país melhorou as condições sanitárias, o que fez com que menos pessoas tivessem contato com o vírus de forma natural, na infância, fase em que é menos perigoso.

"Era um país de alta endemicidade da doença. Aos 15 anos, 95% das pessoas tinham tido contato com o vírus", explica ele.
O problema pode se tornar mais sério quando atinge jovens.
Essa é uma doença transmitida pela via oral, por água e alimentos contaminados e também de pessoa a pessoa.
Segundo o relatório da Conitec, entre 1999 e 2009, 354 surtos de hepatite A foram registrados no país, atingindo 4.446 pessoas. Mais de 50% dos casos identificados ocorreram na faixa dos 5 a 19 anos. A vacina contra a hepatite B já é oferecida no SUS.


FONTE: Folha de São Paulo

Notícias!

Governo aprova terapia anti-HIV precoce

29/08/2012 - 04h00

DE BRASÍLIA



O Ministério da Saúde vai ampliar a indicação dos medicamentos de controle da Aids (antirretrovirais), atendendo a mais 35 mil pessoas -de um universo de cerca de 200 mil hoje atendidas.



De acordo com novas diretrizes, aprovadas por um comitê de especialistas na semana passada e chanceladas pelo governo, passam a receber os medicamentos pessoas em duas novas situações.

Primeiro, pessoas que tenham a contagem das células CD4 (que indicam o funcionamento do sistema imunológico) de até 500 células/mm3 --até então, a contagem deveria estar em até 350. O mesmo vale para quem tem contagem acima de 500, desde que o paciente tenha outros problemas de saúde, como hepatite B ou tumores.

A segunda mudança está relacionada a casais sorodiscordantes - quando um tem o vírus e o outro não tem. A ideia é que o parceiro que tem o vírus use o medicamento independentemente da contagem, para reduzir a chance de infectar o outro.

As mudanças no protocolo do HIV devem ter impacto de R$ 120 milhões anuais.
Em abril, reportagem da Folha indicou que o governo deveria adotar uma política de tratamento precoce no novo protocolo do HIV.

Hoje há pesquisadores que defendem o início do tratamento independentemente dessa contagem de células.

O anúncio do novo protocolo ocorre em meio a críticas de que o governo teria afrouxado o controle da doença.

Na semana passada, pesquisadores divulgaram um manifesto em que apontavam o aumento de mortes e casos. O ministério diz que os indicadores apontam a estabilidade da doença no país.

Fonte: Folha de São Paulo

Boas notícias!!!

Governo quer facilitar acesso ao diagnóstico e ao tratamento das hepatites virais
                                                                          29/08/2012 - 15h

Lucas Bonanno




O enfrentamento das hepatites virais no Brasil foi escolhido como tema para abrir as conferências magnas dos Congressos e Fóruns de Prevenção em DST, Aids e Hepatites Virais em São Paulo. O Secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, maior autoridade do governo federal no evento, falou sobre as prioridades da Pasta no setor.

Segundo Jarbas, o Ministério da Saúde tem quatro grandes desafios para combater as hepatites virais: romper o silêncio das pessoas infectadas; desenvolver campanhas focadas em populações mais vulneráveis; ampliar e facilitar o acesso ao diagnostico e ao tratamento da doença; e integrar as atividades contra as hepatites no Sistema Único de Saúde (SUS). 

Uma das estratégias recentes tomadas pelo governo para combater as hepatites foi integrar o programa de controle dessas doenças ao programa de aids, criando o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. 

Jarbas destacou o início do tratamento da hepatite C no SUS com os modernos e potentes DAAs – sigla em inglês para Directly Acting Antiviral. Os medicamentos boceprevir e telaprevir irão, segundo estimativas do governo, beneficiar cerca de 5500 pacientes a partir do próximo ano.

Com a introdução desta nova terapia, os pacientes portadores da hepatite C com fibrose avançada ou cirrose irão receber também os DAAs, enquanto aqueles que não apresentam sintomas graves de inflamação no fígado irão se tratar com os remédios mais antigos Interferon, Interferon Peguilado e Ribavirana.

De acordo com o Ministério da Saúde, 14.116 pessoas estão em tratamento contra a hepatite B no Brasil e 12.491 contra a C. 

O II Congresso Brasileiro de Prevenção das Hepatites Virais acontece em São Paulo com a programação integrada ao IX Congresso Brasileiro das DST e Aids, VI Congresso Latino-americano e do Caribe em HIV/Aids e DST e V Fórum Comunitário Latino-americano e do Caribe em HIV/Aids e DST.

Além das conferencias magnas que ocorrem diariamente na maior sala do Centro de Convenções do Anhembi, o evento conta com as discussões chamadas de Conversas Afiadas, Mesas Redondas, Troca de Experiências, Comunicações Coordenadas, Sessões Aberta, Oficinas, Reuniões e eventos culturais. 


FONTE: Agência de Notícias da AIDS


Novos Membros da LINFU!

Boa tarde!!!


Desejamos Boas-vindas aos novos membros da LINFU!!!


Bruna Moreira de Souza Proença
Caio Freitas Ramos
Daniela Marcelino
Daniele Cristine Lima Kenes
David Bui Van
Elias Farias
Ellen Tammy
Guilherme de Oliveira Alves
Juliana Fazio
Lucas Sales Fidelis
Marlon Kendy
Maynara Zoppei dos Santos
Pamela Bellaz
Vanessa Tieko Nagaoka



Parabéns aos novos membros!!!

Esperamos que todos tenham uma ótima passagem pela nossa Liga!
Muito conhecimento e muitos estudos!!!


Abraços,



Liga de Infectologia da UFSCar


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Nova Diretoria

Boa Tarde!!!

Em votação realizada ontem, dia 23 de agosto de 2012, foi aprovada a nova diretoria para a gestão 2012/13 da LINFU:

Coordenação Geral: GLÓRIA SELEGATTO

Coordenação Científica: DIEGO A. GUARDABAXO SIQUEIRA E HENRIQUE MARTINS FARIA

Coordenação de Comunicação: ANA FLÁVIA MARCELINO RICCETTO

Parabéns a nova diretoria e boa sorte na Gestão!!!