terça-feira, 11 de junho de 2013

Leptospirose

Novo teste detecta leptospirose em 24 horas

A microbiologista Ilana Balassiano, uma das responsáveis pelo novo teste em laboratório na Fiocruz

   Um novo teste desenvolvido pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio, permite o diagnóstico de leptospirose em 24 horas. Hoje, os testes existentes demoram de cinco a seis dias para confirmar a doença.

   Ainda em fase experimental, o novo exame realiza o diagnóstico por meio da identificação da leptospira, a bactéria causadora da doença.

   A identificação rápida da leptospirose permite que o paciente seja tratado de forma mais eficaz.

   Com sintomas semelhantes aos da dengue, hepatite A e outros processos infecciosos, o paciente só era diagnosticado quando o organismo produzia anticorpos, quase uma semana depois de ser infectado.

   Com o novo teste, a leptospirose pode ser detectada no primeiro ou segundo dia de contaminação.

   A doença é transmitida principalmente pela urina de animais infectados. Seus sintomas são febre, dor de cabeça e comprometimento gastrointestinal.

   "O mais importante para o paciente é o diagnóstico precoce. E para a Vigilância Epidemiológica a importância é saber o tipo de bactéria circulante, para que se possa controlar os animais [cães, bois ou outros mamíferos] da cadeia de transmissão e evitar surtos e epidemias", afirma a microbiologista Ilana Balassiano, do Instituto Oswaldo Cruz.

RECONHECIMENTO

   A pesquisa foi divulgada na revista científica "Diagnostic Microbiology and Infections Disease", em 2012. Os resultados serão apresentados no Congresso de Microbiologia na Alemanha, em julho deste ano.

   O novo teste é chamado de PCR-Imunocaptura. Segundo Balassiano, existem aproximadamente 20 espécies de bactérias da doença.

   A identificação é feita em diferentes níveis --gênero, espécie e outros-- para classificar a bactéria e apontar o animal associado à cadeia de transmissão da doença.

   A pesquisadora conta que deposita o soro infectado com leptospira numa placa com diferentes anticorpos. Em seguida, faz-se a extração de DNA para identificar a bactéria e fazer o diagnóstico da doença.

   "Esse teste [da Fiocruz] é mais preciso. É uma ferramenta a mais do diagnóstico já que os sintomas da leptospirose podem se parecer com os de várias outras doenças", diz o professor de infectologia pediátrica e diretor do Instituto de Pediatria da UFRJ, Edimilson Migowski.

   O Ministério da Saúde informou que o estudo ainda será analisado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pela Secretaria de Vigilância em Saúde.

   Desde 2005, o Brasil registrou 31.418 casos de leptospirose. Em 2011 houve o maior número de doentes: 4.832, com 436 mortes.

Só no ano passado, foram registrados 3.242 casos e 268 óbitos. Neste ano, o número já chega a 693, sendo 63 as vítimas fatais.



FONTE: Folha de São Paulo
DIANA BRITO

DO RIO

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Caipirão

DIVULGAÇÃO





Discussão Clínica






   A Liga de Infectologia da UFSCar convida a todos para a Discussão Clínica com o tema TUBERCULOSE que acontecerá hoje (10/06), às 19h, no Anfiteatro do DMed (Área Norte - UFSCar).
PARTICIPEM!

domingo, 2 de junho de 2013

Hanseníase

Teste brasileiro para hanseníase custa 'menos que um sorvete'


  Desenvolvido no Brasil e nos Estados Unidos, um novo teste para diagnosticar a hanseníase, conhecida anteriormente como lepra, traz esperança na luta contra a doença no mundo todo.


   Fabricado pelo laboratório Orangelife, no Rio de Janeiro, o teste pode detectar a doença em dez minutos e vai custar menos de US$ 1 - "menos que um sorvete", segundo o presidente do laboratório, Marco Collovati.

   O Ministério da Saúde planeja usar o teste em dois Estados do Nordeste no segundo semestre, em uma fase piloto antes de adotá-lo no restante do país.

   Segundo Collovati, a vantagem do teste, além do baixo custo, é que "ele é fácil de transportar e de armazenar e pode ser aplicado por agentes de saúde com treinamento muito básico".

Precisão

   A hanseníase é uma doença bacteriana que hoje tem cura, mas diagnosticar a infecção precoce, antes dela avançar, é um desafio - principalmente em regiões mais pobres e remotas.

   A doença pode causar lesões permanentes na pele e nos olhos e deformidades nos membros. Quanto mais tempo se leva para fazer o diagnóstico, mais graves são as sequelas.

   Depois da Índia, o Brasil tem o segundo maior número de pacientes com hanseníase no mundo, com cerca de 30 mil novas infecções a cada ano.

   O exame reconhece a presença de anticorpos no sangue que reagem contra proteínas existentes nas bactérias, indicando um resultado positivo ou negativo para a doença.

   Collovati diz que a precisão é de cerca de 90% - em cerca de 10% dos casos, os pacientes não produzem anticorpos suficientes para serem detectados.

   A doença é transmitida pela respiração, pela tosse e microgotas de saliva, mas somente quando há contato prolongado com uma pessoa infectada - por isso é comum a transmissão entre pessoas da mesma família.

   "A hanseníase é uma doença simples de se tratar, desde que seja diagnosticada precocemente. Caso contrário, ela é tratada, mas o paciente permanece com as deformações para sempre", diz Collovati.

   "O teste é muito importante para acabar com o estigma que cerca essa doença há três mil anos."

FONTE: BBC BRASIL

Tecnologia - UFSCar

Brasileiros criam material 10 vezes melhor para matar bactérias e fungos


Pesquisadores da UFSCar e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) desenvolveram um novo tipo de material artificial com capacidade dez vezes maior de matar bactérias e fungos, comparando-se com os produtos encontrados atualmente no mercado.

   Chamado tungstato de prata, o material também tem propriedades fotoluminiscente e fotodegradante, responsáveis por tratar compostos prejudiciais ao ser humano que podem ser encontrados na água, por exemplo, além de poder oferecer avanços nas áreas da saúde, cerâmica, em propriedades eletrônicas de materiais, estrutura eletrônica e química.

   O material, originário da prata, surgiu após a sintetização de dois compostos do metal, o molibdato, que atua no metabolismo da bactéria, e o tungstato, responsável por inibir o desenvolvimento da bactéria.

   Durante o processo, os pesquisadores perceberam que a exposição desse material a um microscópio de transmissão, onde há uma quantidade maior de elétrons, foi notada uma propriedade inédita na literatura científica, o crescimento de prata na presença de elétrons.

Bactericida e fungicida

   Testando o caráter bactericida do material desenvolvido, também foi constatado que este pode funcionar como fungicida.

   O material conseguiu matar fungos, como a Cândida, por exemplo, que causa infecções graves nos seres humanos, de maneira muito mais rápida comparada aos poucos compostos capazes de exterminar esse tipo de microrganismo.

   "Alguns produtos encontrados no mercado, atualmente, podem demorar anos para agir," afirma o coordenador do estudo na UFSCar, professor Elson Longo.

   Normalmente, materiais bactericidas e fungicidas são aplicados em embalagens, bebedouros e até em secadores de cabelo.

   Esse tipo de composto também poderá ser aplicado em tintas para paredes de hospitais para estarem imunes a bactérias e, agora com o tungstato de prata, também de fungos.

   O pesquisador também conta que o produto passará a ser desenvolvido em escala semi-industrial para novos testes.

   O professor acredita que, pela potência do material, ele possa vir a se tornar comercial em poucos meses.

   "Já que esse material é muito mais eficaz, não há concorrência no mercado. Quando a eficácia é semelhante aos demais, se trabalha com o preço do material para que ele possa ser competitivo no mercado, mas como o sistema é muito eficaz, não há concorrência. É um produto mais caro, mas muito mais eficiente", afirma Longo.

FONTE: Diário da Saúde

Biochip

Biochip portátil detecta 13 doenças tropicais em uma amostra de sangue

Kit de diagnóstico pode transformar qualidade e a eficiência de testes de doenças infecciosas como dengue e malária



   A Agency for Science, Technology and Research (A*STAR), em Cingapura, desenvolveu o primeiro biochip no mercado de diagnóstico molecular capaz de identificar 13 principais doenças tropicais diferentes de uma amostra de sangue simples.

   Devido a seu alto nível de automação, a equipe acredita que o kit de diagnóstico pode transformar a qualidade e a eficiência dos testes de doenças infecciosas tropicais, incluindo dengue, malária, a chikungunya e febre aftosa.

   "As doenças tropicais muitas vezes têm sintomas comuns, como febre e não podem ser corretamente diagnosticadas precocemente por médicos. Este kit de teste portátil é um método rápido e confiável para testar com precisão alvos patogênicos múltiplos a partir de apenas uma amostra de sangue em questão de horas", afirma a líder da pesquisa Lisa F.P. Ng.

   A equipe de pesquisa validou com sucesso o kit em amostras de pacientes nas áreas externas do norte da Tailândia, na fronteira entre Tailândia e Mianmar.

   O equipamento é capaz de detectar Doença do sono; Doença de Chagas; Malária; Febre tifoide; Leptospirose; Melioidose; Febre Chikungunya; Dengue; Febre do Nilo Ocidental; Febre amarela; Encefalite japonesa; Febre do Vale Rift; Febre aftosa; Febre hemorrágica com síndrome renal.

   De acordo com os pesquisadores, VereTropTM pode rapidamente detectar e diferenciar essas doenças infecciosas tropicais sintomaticamente similares e permitir o tratamento adequado em tempo hábil.

   "Depois desta jornada de mais de três anos, nós estamos contentes de que um produto tecnologicamente avançado, convincente e com benefícios globais de saúde esteja pronto para ser lançado ao mercado", conclui o pesquisador Philip Lim.


FONTE: Isaúde