segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Febre Amarela

Situação epidemiológica do Estado de São Paulo

FONTE: Boletim Epidemiológico
CVE/CCD/SES-SP
23/10/2018

Em 2017 foram confirmados 103 casos de febre amarela no Estado de São Paulo, sendo 74 casos autóctones com 38 óbitos e 29 casos importados com nove óbitos.

Desde janeiro de 2018 até o momento, foram reportados 3.140 casos suspeitos de febre amarela, sendo que destes, 537 (17,7%) casos foram confirmados, com 498 (92,7%) casos autóctones e 35 (6,5%) importados.

Entre os casos autóctones, 172 evoluíram para o óbito (letalidade de 34,5%). A maioria dos casos era do sexo masculino (80,7%), com mediana da idade de 43 (5-90) anos.

No que diz respeito à distribuição geográfica dos casos, estes tinham como local provável de infecção a Capital e municípios da Grande São Paulo, da Baixada Santista, do Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de Campinas, GVE de Osasco, GVE de Sorocaba, GVE de Registro, GVE de São João da Boa Vista, GVE de São José dos Campos, GVE de Taubaté e GVE de Caraguatatuba (Figura 1).  

Figura 1. Distribuição dos casos autóctones de febre amarela segundo município de infecção. Estado de São Paulo, 2017-2018.





Como a imunização é a principal forma de prevenção contra a doença e o período de sazonalidade da doença se estende de dezembro a maio, o CVE tem recomendado que os indivíduos não vacinados procurem os serviços de saúde. Todo o território paulista tem recomendação da vacina, devido a circulação do vírus, que tem sido particularmente detectada no litoral. 

No dia 5 de novembro, o Instituto Adolfo Lutz confirmou um óbito por febre amarela na região do Vale do Paraíba. A vítima é um homem de 26 anos, morador de Cunha, que havia se recusado a tomar a vacina e se infectou numa área rural onde trabalhava, em Caraguatatuba.

Figura 2. Distribuição dos casos de febre amarela (autóctone e importado) segundo Semana Epidemiológica. Estado de São Paulo, 2017-2018




Em relação à ocorrência de febre amarela em Primatas Não Humanos (PNH), a partir de janeiro de 2017, tivemos notificações de epizootias em 324 municípios, com confirmação da circulação do vírus em 68 (Figuras 3 e 4).

Figura 3. Distribuição de Primatas Não Humanos  notificados segundo município de ocorrência e classificação. Estado de São Paulo, 2017.





Figura 4. Distribuição de Primatas Não Humanos notificados segundo município de ocorrência e classificação. Estado de São Paulo, 2018.


Desde janeiro de 2017 até o momento foram confirmados para febre amarela 920 Primatas não Humanos. Observa-se em 2018 a expansão do vírus para novas áreas como o Município de São Paulo e da Grande São Paulo, GVE de Sorocaba, GVE de São José dos Campos, GVE de Taubaté, GVE de Registro, GVE de Santos, GVE de Caraguatatuba e GVE de Mogi das Cruzes; e retorno da circulação do vírus no município de São José do Rio Preto e no GVE de São João da Boa Vista.

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