quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO FEBRE AMARELA

Fonte: Sinan, Divisão de Doenças Transmitidas por vetores e Zoonoses/ CVE/CCD/SES-SP
21/01/2019

O período sazonal, isto é, período de maior ocorrência da Febre Amarela ocorre de dezembro a maio. Após 22 semanas sem casos novos de febre amarela em humanos, em dezembro de 2018 foram confirmados três casos, com dois óbitos na região do Vale do Ribeira, nos municípios de Eldorado (dois casos) e Jacupiranga (um caso). 

Agora, de primeiro de janeiro de 2019 até o momento já foram notificados 32 novos casos suspeitos de febre amarela, sendo que nove casos autóctones foram confirmados. Destes, quatro evoluíram para o óbito, caracterizando uma letalidade de 44,4%.

Entre os casos confirmados, 83,3% são do sexo masculino, com mediana de idade de 45 anos e trabalhadores rurais (83,3%). Este é o perfil tradicional dos casos de Febre Amarela Silvestre registrados no país. Quanto à distribuição geográfica destes casos, todos apresentam como local provável de infecção municípios do Vale do Ribeira, do Grupo de Vigilância Epidemiológica de Registro (Figura 1)

FIGURA 1. Municípios com comprovada circulação do vírus da Febre Amarela no Estado de São Paulo. Estado de São Paulo, dezembro de 2018 a janeiro de 2019 




quarta-feira, 9 de janeiro de 2019


Febre Amarela

Situação epidemiológica do Estado de São Paulo

FONTE: Boletim Epidemiológico
CVE/CCD/SES-SP
28/12/2018

Desde janeiro de 2018 até o momento, foram reportados 3315 casos suspeitos de febre amarela, sendo que destes, 538 (16,8%) casos foram confirmados, com 499 (92,8%) casos autóctones e 35 (6,5%) importados. 
Entre os casos autóctones, 173 evoluíram para o óbito, apresentando letalidade de 34,6%. A maioria dos casos era do sexo masculino (80,8%) e a mediana da idade foi de 43 (5-90) anos. No que diz respeito à distribuição geográfica dos casos, estes tinham como local provável de infecção a Capital e municípios da Grande São Paulo, da Baixada Santista, do Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de Campinas, GVE de Osasco, GVE de Sorocaba, GVE de Registro, GVE de São João da Boa Vista, GVE de São José dos Campos, GVE de Taubaté e GVE de Caraguatatuba.
Devemos lembrar que a imunização é a principal forma de prevenção contra a doença e o período de sazonalidade da doença se estende de dezembro a maio, o CVE tem recomendado que os indivíduos não vacinados procurem os serviços de saúde. Todo o território paulista tem recomendação da vacina, devido a circulação do vírus, que tem sido particularmente detectada no litoral. omo se pode notar no Gráfico 1, houve caso em dezembro em Caraguatatuba.

Gráfico 1. Distribuição dos casos e óbitos de Febre Amarela autóctone segundo Semana Epidemiológica. Estado de São Paulo, Janeiro a Dezembro de 2018.


Em relação à ocorrência de febre amarela em Primatas Não Humanos (PNH), a partir de janeiro de 2018, tivemos notificações de epizootias em 258 municípios, sendo que em 45 foi confirmada a circulação do vírus (Figura 1).

Figura 1. Distribuição de PNH notificados segundo município de ocorrência e classificação. Estado de São Paulo, Janeiro a Dezembro de 2018



Observa-se a expansão do vírus para novas áreas como o Município de São Paulo e da Grande São Paulo, GVE de Sorocaba, GVE de São José dos Campos, GVE de Taubaté, GVE de Registro, GVE de Santos, GVE de Caraguatatuba e GVE de Mogi das Cruzes; e retorno da circulação do vírus no município de São José do Rio Preto e no GVE de São João da Boa Vista.