domingo, 2 de junho de 2013

Hanseníase

Teste brasileiro para hanseníase custa 'menos que um sorvete'


  Desenvolvido no Brasil e nos Estados Unidos, um novo teste para diagnosticar a hanseníase, conhecida anteriormente como lepra, traz esperança na luta contra a doença no mundo todo.


   Fabricado pelo laboratório Orangelife, no Rio de Janeiro, o teste pode detectar a doença em dez minutos e vai custar menos de US$ 1 - "menos que um sorvete", segundo o presidente do laboratório, Marco Collovati.

   O Ministério da Saúde planeja usar o teste em dois Estados do Nordeste no segundo semestre, em uma fase piloto antes de adotá-lo no restante do país.

   Segundo Collovati, a vantagem do teste, além do baixo custo, é que "ele é fácil de transportar e de armazenar e pode ser aplicado por agentes de saúde com treinamento muito básico".

Precisão

   A hanseníase é uma doença bacteriana que hoje tem cura, mas diagnosticar a infecção precoce, antes dela avançar, é um desafio - principalmente em regiões mais pobres e remotas.

   A doença pode causar lesões permanentes na pele e nos olhos e deformidades nos membros. Quanto mais tempo se leva para fazer o diagnóstico, mais graves são as sequelas.

   Depois da Índia, o Brasil tem o segundo maior número de pacientes com hanseníase no mundo, com cerca de 30 mil novas infecções a cada ano.

   O exame reconhece a presença de anticorpos no sangue que reagem contra proteínas existentes nas bactérias, indicando um resultado positivo ou negativo para a doença.

   Collovati diz que a precisão é de cerca de 90% - em cerca de 10% dos casos, os pacientes não produzem anticorpos suficientes para serem detectados.

   A doença é transmitida pela respiração, pela tosse e microgotas de saliva, mas somente quando há contato prolongado com uma pessoa infectada - por isso é comum a transmissão entre pessoas da mesma família.

   "A hanseníase é uma doença simples de se tratar, desde que seja diagnosticada precocemente. Caso contrário, ela é tratada, mas o paciente permanece com as deformações para sempre", diz Collovati.

   "O teste é muito importante para acabar com o estigma que cerca essa doença há três mil anos."

FONTE: BBC BRASIL

Tecnologia - UFSCar

Brasileiros criam material 10 vezes melhor para matar bactérias e fungos


Pesquisadores da UFSCar e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) desenvolveram um novo tipo de material artificial com capacidade dez vezes maior de matar bactérias e fungos, comparando-se com os produtos encontrados atualmente no mercado.

   Chamado tungstato de prata, o material também tem propriedades fotoluminiscente e fotodegradante, responsáveis por tratar compostos prejudiciais ao ser humano que podem ser encontrados na água, por exemplo, além de poder oferecer avanços nas áreas da saúde, cerâmica, em propriedades eletrônicas de materiais, estrutura eletrônica e química.

   O material, originário da prata, surgiu após a sintetização de dois compostos do metal, o molibdato, que atua no metabolismo da bactéria, e o tungstato, responsável por inibir o desenvolvimento da bactéria.

   Durante o processo, os pesquisadores perceberam que a exposição desse material a um microscópio de transmissão, onde há uma quantidade maior de elétrons, foi notada uma propriedade inédita na literatura científica, o crescimento de prata na presença de elétrons.

Bactericida e fungicida

   Testando o caráter bactericida do material desenvolvido, também foi constatado que este pode funcionar como fungicida.

   O material conseguiu matar fungos, como a Cândida, por exemplo, que causa infecções graves nos seres humanos, de maneira muito mais rápida comparada aos poucos compostos capazes de exterminar esse tipo de microrganismo.

   "Alguns produtos encontrados no mercado, atualmente, podem demorar anos para agir," afirma o coordenador do estudo na UFSCar, professor Elson Longo.

   Normalmente, materiais bactericidas e fungicidas são aplicados em embalagens, bebedouros e até em secadores de cabelo.

   Esse tipo de composto também poderá ser aplicado em tintas para paredes de hospitais para estarem imunes a bactérias e, agora com o tungstato de prata, também de fungos.

   O pesquisador também conta que o produto passará a ser desenvolvido em escala semi-industrial para novos testes.

   O professor acredita que, pela potência do material, ele possa vir a se tornar comercial em poucos meses.

   "Já que esse material é muito mais eficaz, não há concorrência no mercado. Quando a eficácia é semelhante aos demais, se trabalha com o preço do material para que ele possa ser competitivo no mercado, mas como o sistema é muito eficaz, não há concorrência. É um produto mais caro, mas muito mais eficiente", afirma Longo.

FONTE: Diário da Saúde

Biochip

Biochip portátil detecta 13 doenças tropicais em uma amostra de sangue

Kit de diagnóstico pode transformar qualidade e a eficiência de testes de doenças infecciosas como dengue e malária



   A Agency for Science, Technology and Research (A*STAR), em Cingapura, desenvolveu o primeiro biochip no mercado de diagnóstico molecular capaz de identificar 13 principais doenças tropicais diferentes de uma amostra de sangue simples.

   Devido a seu alto nível de automação, a equipe acredita que o kit de diagnóstico pode transformar a qualidade e a eficiência dos testes de doenças infecciosas tropicais, incluindo dengue, malária, a chikungunya e febre aftosa.

   "As doenças tropicais muitas vezes têm sintomas comuns, como febre e não podem ser corretamente diagnosticadas precocemente por médicos. Este kit de teste portátil é um método rápido e confiável para testar com precisão alvos patogênicos múltiplos a partir de apenas uma amostra de sangue em questão de horas", afirma a líder da pesquisa Lisa F.P. Ng.

   A equipe de pesquisa validou com sucesso o kit em amostras de pacientes nas áreas externas do norte da Tailândia, na fronteira entre Tailândia e Mianmar.

   O equipamento é capaz de detectar Doença do sono; Doença de Chagas; Malária; Febre tifoide; Leptospirose; Melioidose; Febre Chikungunya; Dengue; Febre do Nilo Ocidental; Febre amarela; Encefalite japonesa; Febre do Vale Rift; Febre aftosa; Febre hemorrágica com síndrome renal.

   De acordo com os pesquisadores, VereTropTM pode rapidamente detectar e diferenciar essas doenças infecciosas tropicais sintomaticamente similares e permitir o tratamento adequado em tempo hábil.

   "Depois desta jornada de mais de três anos, nós estamos contentes de que um produto tecnologicamente avançado, convincente e com benefícios globais de saúde esteja pronto para ser lançado ao mercado", conclui o pesquisador Philip Lim.


FONTE: Isaúde

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Fármaco - Hepatite C

Desenvolvimento de fármaco experimental para a hepatite C é interrompido:

  A porta-voz da Pfizer Victoria Davis revelou no final da semana passada que a empresa interrompeu o desenvolvimento do fármaco experimental por via oral para a hepatite C filibuvir, também conhecido como PF-00868554, após uma revisão estratégica, noticiou o The Wall Street Journal, citado pelo site FirstWord.


   

     Davis referiu que a decisão de parar o desenvolvimento do inibidor não-nucleosídeo da polimerase, que estava em fase intermédia de testes, não estava relacionada com questões de segurança.

    Os analistas não esperavam que o filibuvir se tornasse um dos principais motores de receita, e, portanto, o The Wall Street Journal referiu que a decisão de encerrar o desenvolvimento não é considerada um grande revés para a farmacêutica.

    A Pfizer era uma de várias farmacêuticas a desenvolver um novo novo fármaco totalmente oral para a hepatite C para substituir as terapias baseadas em interferon. Segundo o The Wall Street Journal, um regime da Gilead poderá chegar ao mercado em 2014, enquanto que um regime da AbbVie, que inclui um fármaco da mesma categoria do filibuvir, poderá ser aprovado em 2015.


Fonte: RCM Pharma
12/03/2013 12h56


Novidade - Hepatite C

Fiocruz desenvolve teste mais simples e eficaz para detectar vírus da Hepatite C:

    Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz, desenvolveram um teste para diagnóstico de hepatite C mais simples e mais eficaz que o atual. Bastam três gotas de sangue e um papel filtro para coletar a amostra. Além disso, o teste é capaz de detectar a presença da proteína do vírus e de anticorpos - e não apenas dos anticorpos, como ocorre no teste tradicional.


    O estudo que confirma a eficácia dessa técnica acaba de ser publicado no Journal of Medical Virology. Segundo a pesquisadora Lívia Melo Villar, do Laboratório de Hepatites Virais do Instituto Oswaldo Cruz, a nova técnica tem sensibilidade superior a 90% - o que é considerado muito bom para exames imunoenzimáticos - e, além disso, reduz o tempo da janela imunológica de 66 dias para cerca de 40 dias.

    Isso significa que o teste atual só consegue detectar a presença de anticorpos 66 dias depois de a pessoa ter contato com o vírus. Com esse exame, será possível confirmar o diagnóstico 26 dias antes - já que será possível analisar a presença do vírus e não apenas os anticorpos.

     No estudo recém-publicado, os pesquisadores compararam a eficácia do teste com o Elisa - considerado padrão ouro, mas que não detecta a presença do vírus. Ao todo, participaram 386 pessoas com idade média de 40 anos. A próxima etapa, segundo Lívia, é reproduzir o teste em maior escala, em todo o País, para avaliar se os resultados se repetem.

     VANTAGENS: Além de detectar a presença da proteína do vírus, uma outra vantagem dessa técnica em comparação com o teste atual é que o uso de agulhas, seringas e a refrigeração das amostras de sangue a - 20ºC ficam dispensados. Também não é mais necessário ter um técnico especializado na coleta de sangue venoso, já que a amostra é coletada por meio de um furinho no dedo.

    Segundo Lívia, o novo teste é uma adaptação de uma técnica que havia sido desenvolvida para detectar hepatite B. "Procuramos aproveitar técnicas e materiais que já estão em uso na rede pública de saúde para criar uma abordagem mais barata e simples de detecção de anticorpos e do antígeno", explica.

     Além disso, diz Lívia, havia também o problema com a coleta e o transporte de amostras de sangue em populações que moram em regiões muito afastadas. "Muitas vezes essas amostras chegavam ao laboratório em condições inadequadas, em temperatura ambiente, o que prejudicava a análise e o resultado", diz.

     Sangue: Na técnica desenvolvida por Lívia, a amostra de sangue seco passa por um processo de diluição para que o sangue seja retirado do papel de filtro e submetido à análise. As amostras podem ser enviadas pelos Correios e ficar armazenadas por até 15 dias em temperatura ambiente sem queda na qualidade dos resultados.

"Sem precisar de um profissional da saúde especializado, nem de refrigeração, nem de gelo seco para o transporte certamente fará custo da técnica cair", diz.

     Dirceu Greco, diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, diz que tudo o que existe para simplificar e agilizar o diagnóstico da hepatite C é bem-vindo. "A tecnologia do uso do papel filtro já existia e foi adaptada. A grande novidade desse teste é conseguir analisar a presença do antígeno", diz Greco.

     A metodologia ainda não está disponível no mercado porque ainda precisa ser testada em mais pessoas, em todas as regiões do País para confirmar a sua eficácia em diferentes populações. Mas, segundo Greco, se for confirmada a sua eficácia, a tendência é que ele seja adotado como padrão e como rotina em toda a rede pública.


FERNANDA BASSETTE - O Estado de S.Paulo
02/04/2013


terça-feira, 26 de março de 2013

Relatório parcial

Relatório parcial da campanha realizada pelo

DIA MUNDIAL DA LUTA CONTRA A AIDS


RELATÓRIO:




1.       Total de solicitações de exames: 168 kits (HIV, hepatite B, hepatite C e sífilis)
   1.1   Exames efetivamente realizados: 35
   1.2   Teste positivo para HIV: 0
   1.3   Até o momento, não temos informações a respeito dos resultados dos exames de hepatite e sífilis



2.      Número de camisinhas distribuídas: 4000 unidades



3.      Instituições envolvidas na organização e realização do evento

3.1.   Programa Municipal de DST/AIDS
  • Enfermeira Cintia Martins Ruggiero
  • Enfermeira Daniela Falcão de Oliveira
  • Psicóloga Ana Maria Zabeu
  • Técnica em enfermagem Guiomar Cecília Gealorenço

3.2.   Departamento de Medicina da UFSCar
  • Professora Sigrid de Sousa dos Santos
  • Estudantes da LINFU
    • Glória Selegatto
    • Henrique Martins Faria
    • Diego A. G. Siqueira
    • Ana Flávia Marcelino Riccetto
    • Bruna Moreira de Souza Proença
    • Caio Freitas Ramos
    • Célio Gomes
    • Daniel Herculano
    • Daniela Marcelino
    • Daniele Cristine Lima Kenes
    • David Bui Van
    • Guilherme de Oliveira Alves
    • Jéssica Planello
    • Juliana Fazio
    • Lucas Sales Fidelis
    • Marlon Kendy
    • Maynara Zoppei dos Santos
    • Pamela Bellaz
    • Vanessa Tieko Nagaoka

3.3.   Departamento de Enfermagem da UFSCar
  • Simone Protti
  • Estudantes de graduação
    • Everton
    • Miriane

3.4.   Departamento de Psicologia da UFSCar
  • Estudantes
    • Letícia
    • Cassiano
    • Felipe


4.      Locais: Campus 1 e 2 da USP e Campus Da UFSCar

sábado, 2 de março de 2013

Protocolo - 2013

O Ministério da Saúde, através do Departamento de DTS, AIDS e Hepatites Virais, lançou um novo documento dia 27/02:

PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS PARA ADULTOS VIVENDO COM HIV/AIDS

Em versão preliminar, o documento contém:
  • História Natural da doença;
  • Abordagem inicial e seguimento do adulto infectado pelo HIV;
  • Critérios para início do tratamento antirretroviral;
  • Escolha do esquema inicial;
  • Falha ao tratamento antirretroviral e terapia de resgate.