sexta-feira, 14 de setembro de 2012

HPV

Mulheres poderão receber na rede pública vacina contra HPV
12/09/2012

"Mulheres na faixa de 9 anos a 40 anos terão o direito de receber gratuitamente na rede pública de saúde a vacina contra o papilomavirus humano. O projeto foi aprovado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado e agora vai à análise da Câmara dos Deputados"


Atualmente a vacina é vendida na rede privada.

Mulheres na faixa de 9 anos a 40 anos terão o direito de receber gratuitamente na rede pública de saúde a vacina contra o papilomavirus humano (HPV). 

O projeto de lei que prevê a medida foi aprovado hoje (12) na Comissão de Assuntos Sociais do Senado e agora vai à análise da Câmara dos Deputados.

A proposta também lista os direitos da mulher durante o atendimento de prevenção do câncer de colo do útero. Atualmente a vacina é vendida na rede privada de saúde.

A autora do projeto de lei, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), estabelece que as mulheres beneficiadas pela vacina também terão direito a receber, de profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), esclarecimentos sobre as doenças causadas pelo vírus. Os hospitais e postos de saúde da rede pública também deverão garantir o acesso a todo e qualquer atendimento complementar necessário.

FONTE: Sociedade Brasileira de Infectologia



Notícia Antiga!

Alvo para o desenvolvimento de métodos de controle da malária é descoberto.
28/09/2010 11h36

"Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Nottingham, Reino Unido, abriu uma nova área da biologia sobre o parasita da malária - Plasmodium - que leva a novos métodos de controle da transmissão desta doença."



A malária ameaça, hoje, 40% da população humana mundial, causando a doença em 300 milhões de pessoas e matando até um milhão de crianças todos os anos.

A pesquisa, publicada pela revista online PLoS ONE, identificou uma proteína, denominada PF16, necessária ao desenvolvimento do parasita - especificamente as células sexuais masculinas (gametas) - essenciais na transmissão do parasita por mosquitos. O estudo encontrou uma maneira de desativar a proteína PF16, que contém uma estrutura chamada Armadillo repeat.

Para Rita Tewari, do Instituto de Genética da Universidade de Nottingham, os "gametas masculinos se movem utilizando flagelos, estruturas antigas formadas de maneira única pelo Plasmodium. Este é o primeiro relatório que descreve o papel da proteína Armadillo repeat PF16 na biologia do flagelo das células sexuais masculinas na malária. O bloqueio de formação destas células é uma estratégia importante para prevenir a transmissão da malária e esse estudo representa um avanço significativo na compreensão deste processo".

A transmissão de malária entre humanos e mosquitos depende da fase do ciclo sexual do parasita. Quando um mosquito se alimenta de sangue humano contendo parasitas, ele ativa o desenvolvimento sexual do parasita, processo essencial para a transmissão da malária entre as pessoas. Dentro do intestino do mosquito, o Plasmodium se desenvolve em gametas masculinos e femininos (células sexuais), que, em seguida, fertilizam. Ao bloquear a formação dessas células sexuais, os pesquisadores descobriram uma rota para a prevenção da transmissão da doença.

A equipe descobriu, ainda, que as células sexuais masculinas - o gameta masculino - são o único estágio de desenvolvimento do parasita que possuem um flagelo - uma cauda como a projeção que se projeta do corpo celular e importante para a mobilidade dos gametas masculinos. Até agora sabe-se pouco sobre a identidade ou função das proteínas que controlam esta parte da biologia do parasita.

As proteínas contendo repetições Armadillo têm funções muito diferentes na biologia, incluindo papéis importantes na sinalização celular e câncer. 

O PF16 regula a estrutura do flagelo e a motilidade em organismos tão diversos como as algas verdes e seres humanos.

Pesquisadores em Nottingham e seus colegas também descobriram algumas novas proteínas Armadillo específicas da malária.


Referência: STRASCHIL U. et al. The Armadillo Repeat Protein PF16 Is Essential for Flagellar Structure and Function in Plasmodium Male Gametes. PLoS ONE 5(9): e12901; published online September 23, 2010; Doi:10.1371/journal.pone.0012901. Para acessar este artigo na íntegra:


FONTE: Sociedade Brasileira de Infectologia

Malária


Cientistas africanos anunciam novo remédio contra a malária
11/9/2012

"O medicamento promete combater os cinco tipos conhecidos da doença com um único comprimido, tomado uma só vez"



Cientistas da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, anunciaram o desenvolvimento de um novo remédio para combater a malária.Testes mostram que o micro-organismo causador da malária, o protozoário chamado Plasmodium, desapareceu do organismo após uma só dose do medicamento.  

Testes realizados em animais mostram que o micro-organismo causador da malária, o protozoário chamado Plasmodium, desapareceu do organismo após uma só dose do produto, que ainda não possui nome comercial e é apresentado pela sigla MB 390048.

Os cientistas sul-africanos comemoram o feito: é a primeira vez que uma pesquisa feita na África por pesquisadores locais chega a resultados tão concretos. Em um continente marcado por miséria, grandes distâncias e comunidades isoladas na selva, o remédio recém-descoberto traz grande esperança. Segundo os pesquisadores, com a nova tecnologia, em duas ou três décadas pode ser possível erradicar a malária em todo o mundo.

Em 2010, a Organização Mundial da Saúde, órgão ligado a ONU, registrou 216 milhões de casos em todo o mundo.

 A malária causa, entre outras coisas, febre, mal-estar, fortes calafrios e anemia. Sem o tratamento adequado, que deve ter início logo após aparecerem os primeiros sintomas, a doença pode levar à morte.

No ano passado, cerca de 1 milhão de pessoas morreram de malária no mundo – 890 mil só na África Subsaariana. 

No Brasil, 97% dos casos ocorrem na Amazônia. As principais vítimas são as crianças. As autoridades de saúde estimam que, no Continente Africano, uma criança morra a cada quarenta e cinco segundos por causa da malária.


FONTE: FIOCRUZ

"3 em 1"

Médicos aprovam comprimidos que reúnem diferentes medicamentos contra a AIDS. Pacientes pedem mais pesquisas sobre os efeitos colaterais.
11/09/2012

Ana Alkmin

O FDA, agência regulatória de remédios e alimentos dos EUA, aprovou recentemente um medicamento que reúne quatro substâncias contra o vírus da aids num único comprimido. O Brasil se prepara também para fabricar e distribuir no Sistema Único de Saúde o primeiro antirretroviral “3 em 1” do País



Para médicos, esta nova tendência no tratamento deve ajudar na adesão. Já para pacientes, é preciso mais pesquisas sobre os efeitos colaterais provocados por esses medicamentos.

Dra. Marinella Della Negra atendeu os primeiros casos de aids no Brasil. Referência nacional do tratamento de crianças com HIV, a infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas de São Paulo aprova a criação de medicamentos compostos. 

“As pílulas que combinam mais de uma substância em sua composição só melhoram a adesão dos pacientes ao tratamento”, afirmou.

Com o avanço científico na elaboração de medicamentos contra a aids, pacientes que já chegaram a tomar mais de 20 comprimidos por dia, hoje tomam menos de cinco. 

O infectologista e pesquisador Esper Kallás, da Faculdade de Medicina da USP, acredita que esta será a nova tendência do tratamento contra a aids. “Cada vez mais os produtores estão buscando esta estratégia, pois é uma demanda que vem das próprias pessoas com HIV”, disse. “Esta medida sempre facilita a adesão”, acrescentou.

Esper ressalta a obrigatoriedade destes remédios cumprirem suas funções no organismo da pessoa infectada, que é impedir a multiplicação das partículas virais do HIV; e propõe uma variedade de combinações de substâncias nos comprimidos “4 em 1” ou “3 em 1”, já que os pacientes necessitam de tratamentos diferentes.

Para Beto Volpe e Beatriz Pacheco que estão em tratamento antirretroviral há vários anos, no entanto, esta nova tendência contra a aids merece cautela. 

“Concordo que unir estas substâncias em um único medicamento ajuda na adesão, mas acredito que deve haver uma vigilância mais apurada, tanto por parte do governo como pelos laboratórios sobre aos efeitos colaterais produzidos por estes medicamentos”, disse Volpe, que é representante no estado de São Paulo da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+).

Beatriz Pacheco, uma das fundadoras do Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas, concordou que “é mais fácil tomar uma pílula que várias”. Porém, ela pede melhores avaliações sobre as interações desses remédios conforme a idade, peso e sexo dos pacientes, por exemplo. 

“O movimento social deve cobrar dos laboratórios para que estudem os efeitos adversos dos medicamentos. Não podemos festejar algo que vai manter as pessoas vivas, mas em péssimas condições”, finalizou.


Primeiro “3 em 1” do Brasil


O primeiro medicamento “3 em 1” contra a aids fabricado no Brasil irá reunir os antirretrovirais Efavirenz, Tenofovir e Lamivudina.

Vários fatores foram decisivos na escolha destes medicamentos, informa Ronaldo Hallal, coordenador da área de Cuidado e Qualidade de Vida do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. “Primeiro, por serem todos produzidos no Brasil e poderem ser coformulados em uma dose só. Segundo, porque há tendência de utilizar esquemas de tratamento baseados no Efavirenz como terapia inicial e, finalmente, pelo fato de que o Tenofovir tem sido cada vez mais utilizado na primeira linha, por apresentar menos efeitos colaterais que o AZT”, explicou.

A Pasta informa que ainda não há uma previsão para que este comprimido comece a ser distribuído e nem de quantos pacientes serão beneficiados.
Nos EUA, o “4 em 1” reunirá a Elvitegravir, Cobicistat, Emtricitabina e Tenofovir.


FONTE: Agência de Notícias da AIDS